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Rosa Azevedo
Há preocupação entre os funcionários da Universidade do Minho devido à onda de reações alérgicas, queda de cabelo e desmaios, depois de um incêndio num laboratório há cerca de um mês. Oito técnicos já fizeram análises ao sangue, mas os resultados ainda não são conhecidos.
O Jornal de Notícias desta manhã refere que no laboratório de Química Orgânica que explodiu a 26 de outubro estavam produtos com o rótulo de “muito tóxicos”. Os responsáveis da Universidade do Minho afirmam que ainda não possuem dados que permitam associar o incidente aos problemas de saúde.
A reitoria da universidade do Minho, que deverá emitir um comunicado ao longo do dia, reconhece que há problemas, embora negue que sejam de origem radioativa.
(com Sandra Henriques)
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http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/radioatividade-laboratorio-explosao-universidade-minho-tvi24/1513143-4071.html
2013-11-25 11:08
De acordo com o «Jornal de Notícias» (JN), os funcionários da Universidade estão apreensivos com a possibilidade de haver matérias tóxicas à solta no edifício onde funcionam os laboratórios de Biologia, Química e Física, em Braga. O mesmo edifício onde explodiu e ardeu o laboratório de Química Orgânica, a 26 de outubro de 2012, e onde estavam produtos com o rótulo de «muito tóxicos». Os responsáveis da Universidade do Minho argumentam que ainda não têm dados que permitam associar o incêndio à onda de alergias.
O caso mais grave de que há notícia é o de uma técnica do laboratório de Física, que fica situado imediatamente abaixo do espaço onde ocorreu o acidente. A funcionária foi internada no Hospital de Braga, uma semana depois do incêndio, com sintomas de alergias, de náuseas, queda de cabelo e queda parcial do pelo das sobrancelhas. Já teve alta hospitalar, mas permanece de baixa médica.
Este e outros casos, como por exemplo os dois desmaios ocorridos na passada quinta-feira, estarão a ser alvo de procedimentos minuciosos da reitoria da universidade, até porque se desconhecem as causas. Já foram efetuadas análises sanguíneas a oito técnicos, mas o resultado ainda não é conhecido.
Três dias após o incêndio, uma empresa especializada fez análises à qualidade do ar de todo o edifício. «Todos os parâmetros analisados estavam abaixo dos valores de referência, com exceção de dois laboratórios, onde já tínhamos tido indicações no passado», explicou ao JN, Paulo Ramísio, pró-reitor com a tutela das infraestruturas.
Apesar da explicação do pró-reitor, o JN sabe que entre os funcionários da universidade corre a informação de que houve a libertação de substâncias radioativas. As análises só vieram adensar as dúvidas sobre a ligação entre as reações alérgicas e o incêndio no laboratório de Química. Isto porque um dos laboratórios onde foram detetados níveis elevados de compostos orgânicos voláteis (COV) é afastado da zona do incêndio. O outro é precisamente ao lado.
Paulo Ramísio refere que a reitoria está «a averiguar formas e procedimentos que poderão criar sintomas alérgicos nas pessoas». O pró-reitor acrescenta que espera identificar a causa «a muito curto prazo, para que que esses problemas deixem de aparecer».
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